EDUCAÇÃO
Alunos do Colégio Wolfram Metzler buscam apoio para participar de feira científica no Peru
Apresentar uma ferramenta inovadora e sustentável para auxiliar a aprendizagem de maneira divertida na área da Geografia: esse é o objetivo do Projeto Gaamas, iniciativa criada por alunos do 3º Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dr. Wolfram Metzler, em Novo Hamburgo.
Após se destacar em Feiras de iniciação científica da região, como a XVI Mostra Clak, realizada em setembro em Estância Velha, o projeto foi credenciado para participar da Cientec 2023, Feira Internacional de Ciência e Tecnologia, que será realizada entre 20 e 24 de novembro em Lima, no Peru. Assim, os alunos vão representar Novo Hamburgo e o Rio Grande do Sul no evento internacional.
Para angariar os custos da viagem, estadia e materiais de apresentação como banners, camisetas e material gráfico, o grupo, formado pelos alunos Gladimir Eduardo Cavalheiro Silva, Guilherme Rechenmacher, Mayara Goulart da Silva, Roberta Vieira Tomiello e com a supervisão da professora Luciana Tyska, decidiu organizar uma “vakinha” e uma rifa para alavancar o valor necessário, estimado em cerca de 25 mil reais.
De acordo com a professora Luciana Tyska, que propôs o projeto inicial aos alunos, os membros do grupo ficaram eufóricos quando receberam o credenciamento para a Cientec. “Mas veio a preocupação de como realizar essa viagem. Embora eles entendam a grandiosidade que é participar de uma feira fora do país, automaticamente se tornou uma preocupação o tempo que temos para arrecadar isso”, comenta.
Gladimir Eduardo, participante do projeto Gaamas, destaca que apesar de ser uma jornada desafiadora, a atividade é extremamente gratificante. “Participar das feiras científicas e representar nosso município internacionalmente será uma oportunidade única, cheia de aprendizado. Estamos muito orgulhosos de representar nossa cidade e mostrar ao mundo o talento que temos aqui”, conta.
Quem deseja saber como apoiar o projeto, pode entrar em contato diretamente com os alunos através do perfil do Gaamas no Instagram, ou doar diretamente através do Pix do Projeto: projetogaamas@gmail.com. Mais informações também podem ser obtidas através do Telefone/WhatsApp (51) 99225-8260, com a professora Luciana.
Projeto Gaamas
O projeto Gaamas surgiu através de uma atividade de Geografia das turmas de terceirão do Colégio Wolfram Metzler. De acordo com a criadora da atividade, a professora Luciana Tyska, inicialmente foi feita uma proposta de avaliação trimestral não baseada em provas tradicionais. “Eu queria algo que eles pudessem, enquanto a gente avaliasse o conhecimento, se divertir fazendo isso, aprender de outra forma e proporcionar um momento de interação com a turma”, explica.
A atividade propunha que os alunos elaborassem um jogo que envolvesse os conteúdos do primeiro trimestre de geografia, focado em geopolítica. Luciana ainda conta que as etapas do aprendizado dos alunos foram observadas, “desde pensar como seria esse jogo, quais os conteúdos seriam abordados na construção, a confecção, observar a questão da sustentabilidade a partir da criação do jogo”. Assim, a avaliação seria baseada nas etapas de criação, desenvolvimento e depois jogabilidade do tabuleiro.
A partir disso, o grupo buscou desenvolver um projeto escolar com uma abordagem descontraída e interativa para engajar os estudantes, surgindo assim o GeoQuiz. O jogo didático é inspirado no clássico jogo de tabuleiro “Perfil”, e uniu sustentabilidade e tecnologia, ao se utilizar de materiais reciclados e de ferramentas digitais para produzir o design.
“Com o resultado, vimos uma possibilidade de pesquisar como que isso impactava na aprendizagem dos alunos do terceiro ano. Como que isso poderia facilitar para eles aprenderem. Então, a gente viu que poderia surgir uma pesquisa científica a partir da utilização desse jogo em sala de aula”, relembra a professora Luciana.
Após conseguir concretizar a viagem para Peru, além de visar uma medalha ou premiação para Novo Hamburgo, os alunos do projeto Gaamas buscam expandir o projeto. “E como eles são alunos de terceiro ano, a ideia já é, a partir disso, do retorno deles lá em novembro, olhar já para a próxima geração, que vem aí do primeiro ano, para assumir o projeto”, destaca Luciana.
Luciana também revela que eles pretendem continuar a pesquisa a partir de metodologias ativas na disciplina de geografia e a questão da sustentabilidade para os próximos anos. “Então, a nossa tendência é expandir o projeto, trazer outras pesquisas que tenham relevância para o tema de metodologias ativas, ensino e sustentabilidade, sempre a partir do olhar do estudante e como isso pode impactar no próprio aprendizado. Ou seja, fazer com que eles permaneçam protagonistas do próprio ensino”, explica.