NOVO HAMBURGO
Caso de dengue é confirmado em Novo Hamburgo
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Novo Hamburgo, por meio da Gerência de Vigilância em Saúde, confirmou nesta quarta-feira (09/03), o primeiro caso de dengue autóctone no município neste ano. Trata-se de um morador do bairro Santo Afonso, que teve material coletado e enviado para a análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), apresentando resultado positivo.
O projeto de Prevenção e Combate à Dengue, realizado pela parceria da Prefeitura de Novo Hamburgo e a Universidade Feevale, já executou a Pesquisa Vetorial Especial (que é a procura da presença do mosquito Aedes aegypti (responsável pela transmissão) em área até então sem transmissão, para evitar o contágio da doença), no bairro Santo Afonso, local de residência do paciente, além de entrevista com o paciente, orientações aos moradores, tratamento mecânico (eliminando/virando os potes e outros reservatórios de água) e tratamento químico com o larvicida Pyriproxifen.
Outros sete casos foram confirmados em análises de laboratórios privados e tiveram os materiais coletados e enviados para análise no Lacen, que é o laboratório oficial de referência para a confirmação da doença no Estado, e os resultados são aguardados pelo Município para que sejam confirmados. Além desses sete casos, a SMS ainda aguarda o resultado dos exames de mais sete casos suspeitos.
Medidas de prevenção precisam de auxílio da população
“A mobilização de toda a nossa comunidade é fundamental para impedir a proliferação do Aedes aegypti. Neste sentido, pedimos o auxílio da população para realizar uma vistoria em suas casas e eliminar possíveis focos do mosquito. Serão dez minutos que farão grande diferença no combate a este mosquito transmissor de doenças, que além da dengue, transmite a Zika e a Chikungunya também”, convida o secretário da Saúde, Naasom Luciano.
São medidas bem simples, mas que ajudam na prevenção das doenças. Confira:
– Tampe os tonéis e caixa d’água;
– Deixe ralos limpos e com aplicação de tela. Coloque água sanitária nos ralos e em locais onde não seja possível alcançar para esvaziar;
– Mantenha as calhas sempre limpas;
– Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
– Mantenha lixeiras bem tampadas;
– Elimine ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
– Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
– Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa;
– Semanalmente renove a água das bromélias com jato da mangueira ou com balde de água bem cheio.
Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa)
O boletim informativo com os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) do ano foi divulgado neste mês. O trabalho, que indica o percentual de imóveis no município com presença do vetor responsável pela transmissão da dengue, consiste em visitar, aproximadamente, 5% dos imóveis do município em um curto período, gerando um indicativo dos níveis de infestação na cidade, a fim de facilitar as ações de controle.
Entre os dias 24 de janeiro e 3 de fevereiro, agentes do projeto realizaram visitas em 3.597 imóveis de Novo Hamburgo, distribuídos em todos os bairros do município, que são agrupados em oito estratos. Foram coletadas 250 amostras para análise e identificação no Laboratório do Projeto de Combate à Dengue, das quais 82% se mostraram positivas para o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Dos imóveis visitados, 4,9% tiveram focos do vetor, ou seja, a cada 20 imóveis, um tem a presença do Aedes aegypti.
Outro indicador do LIRAa, e um dos principais, é o Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação percentual entre o número de imóveis positivos, ou seja, com a presença de larvas de Aedes aegypti, e o número de imóveis pesquisados. Entre janeiro e fevereiro, Novo Hamburgo apresentou um IIP de 4.9, classificando o município como em alto risco para surtos das doenças transmitidas por Aedes aegypti. No mapa mais abaixo, é possível verificar, em amarelo, as regiões que apresentaram índice entre 1 e 3.9% (classificadas como em estado de alerta), e, em vermelho, as que mostraram índice maior que 4%, indicando alto risco.