ESPORTE

Cicloturismo é alternativa para praticar esporte e conhecer novos lugares

O Ciclo Turismo, modalidade que alia o ciclismo ao turismo está cada vez mais em evidência na região. A chance de praticar esportes, fazer novas amizades, conhecer novos lugares e melhorar a qualidade de vida são cada vez mais tentadoras para os praticantes dessa modalidade. É o caso do grupo de pedal Incentivo Bike, criado há cinco anos pelo representante comercial Leandro Antônio da Silva.

Para Leandro, que tem 60 anos, o ciclismo surgiu como uma alternativa a outros esportes, como o futebol. “Na verdade eu era um jipeiro, sempre gostei de atividades como trilhas, e jogava futebol. Como o futebol estava dando muito problema de dor, eu comecei a andar de bicicleta”, conta. Ele explica que o grupo Incentivo Bike, que hoje conta com quase 80 integrantes, foi criado num primeiro momento para estimular pessoas sedentárias a praticar esportes.

Ele fala que, para dar mais apoio ao grupo, criou um reboque próprio para ajudar as pessoas a participarem. “Acabei me envolvendo nessa coordenação, de a gente ter pelo menos algumas coisas regulares. Então a gente pedala normalmente todo sábado, sempre com roteiros diferentes. E esporadicamente, a cada dois meses, a gente faz um mais elaborado”, explica.

Um desses roteiros mais elaborados foi o pedal até o Morro da Fé, em Igrejinha. “O normal é pedalar 50 km todo sábado, em torno de 600 de altimetria. Mas quando chega um caso desses, como é o Morro da Fé, é um desafio maior”, pontua Leandro. Ele explica que a altimetria se refere à quantia total de subidas que a rota possui. Na rota do Morro da Fé, eram 57 km de distância com 1200 metros de altimetria, ou seja, acumulando havia mais de 1,2 km de subidas.

Novas amizades

O grupo Incentivo Bike estimula, além da prática esportiva, o cultivo de novas amizades. Para Jorge Luiz de Paula, de 72 anos, os pedais proporcionam uma grande fonte de confraternização. “Tem esse convívio com a turma mais jovem, que tu precisa. Tua mente fica ativa, tu conhece lugares diferentes”, ressalta.

Xuxa, como Jorge é conhecido, pedala desde 2014. Ele explica que, assim como Leandro, começou a praticar o ciclismo como um esporte alternativo e por recomendação médica. “Antes eu era boleiro, jogava futebol, jogava tênis, caminhava, até que os joelhos começaram a dar sinal de desgaste nas cartilagens. Fui ao médico e ele disse ‘ou tu vai nadar, ou tu vai pedalar’. Daí eu optei pelo pedal, até pela praticidade”, explica.

Para Jonathan da Silva Silveira, de 26 anos, o ciclismo foi uma alternativa para a prática de esportes durante a pandemia. “Como eu jogava bola, corria, acabei partindo para o ciclismo, porque dava pra fazer isso sozinho, sem aglomeração”, conta. Jonathan pratica o esporte há um ano e meio. Ele conheceu o Incentivo Bike a partir de outro grupo de ciclismo, o Barra Forte de Canoas.

Pedal entre família

Além de conhecer novas pessoas, muitas vezes o ciclismo se torna um esporte familiar. É o caso da microempreendedora Jurema Viegas da Silva, de 61 anos. Ela pedala juntamente com sua filha, Cláudia Souza dos Passos, 36. Juju, como é conhecida, começou a pedalar há dois anos. Hoje, também faz parte do grupo Incentivo Bike.

“Na minha família, só dois dos meus seis filhos não pedalam. E é muito legal, tanto para a saúde, como para conhecer pessoas. E esse grupo é bem bacana, é de todas as idades e eles acolhem muito bem o pessoal. Além de que a gente vê tanta coisa bonita, tanta paisagem, tanta natureza, tão pertinho da gente”, explica.

Outra família presente nos pedais do grupo é a do supervisor Jeferson Silva Vieira, de 38 anos. No pedal até o Morro da Fé, ele estava acompanhado de seu pai e de seu cunhado, Roberto Carlos Vieira e Marlon Jaques, respectivamente.

“Na verdade eu comecei a fazer o pedal por incentivo do meu cunhado. Ele que ficou entusiasmando a família, o meu pai, minha irmã, minha mãe, meu sobrinho, e pedalo há um ano e meio, mais ou menos. Fiz um pedal com eles, gostei, no meio do mato e da natureza. Aí depois daquilo ali não parei mais”, revela Jeferson.

Ele também explica a motivação que tem para praticar o ciclismo. “Primeiro é estar reunido com a galera, é um momento que a gente pega e pode aliviar a cabeça, o stress da semana, a própria prática do esporte também. Então é uma coisa que a gente consegue conhecer paisagens, que ficam perto da gente. Isso cada dia motiva mais a continuar e não parar, e a ainda trazer mais pessoas para o grupo”, complementa.

Já Rodrigo Jaeger Frick, corretor de seguros de 41 anos, conheceu sua esposa, Sônia Mara dos Passos, 45, durante os pedais que realizava. Pedalando há cinco anos, Rodrigo conta que começou a praticar o esporte por questões tanto de saúde, como para sair da rotina do trabalho. “E consequentemente tu conhece pessoas. E o ambiente da bike é muito sadio, tu conhece muitas pessoas verdadeiras, e foi ali que eu conheci a Sônia”, conta.

Casado há três anos, ele pontua que é grato ao pedal pela saúde, amigos e esposa que tem. “Eu agradeço ao pedal por ter conhecido minha esposa, ter feito tantos amigos, por me proporcionar a possibilidade de encontrar novos lugares”, finaliza.

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