CULTURA

Com casa lotada, FeMusik encerra a edição especial 200 anos da imigração com Beethoven 

Nos oito dias de programação do evento de Novo Hamburgo, mais de 2,6 mil pessoas assistiram aos concertos

Duzentos anos da imigração alemã no Rio Grande do Sul. Duzentos anos da criação da Sinfonia No. 9 de Beethoven. O ano de 2024 marca o aniversário desses dois importantes acontecimentos; e o encerramento do Festival Internacional de Música (FeMusik) de Novo Hamburgo celebrou ambos com casa cheia.

Na edição comemorativa ao Bicentenário, o FeMusik valorizou as origens alemãs em diversas ocasiões. Na abertura, ao reproduzir músicas de compositores alemães na primeira parte; na palestra “A vida musical em Novo Hamburgo desde a colonização”; na noite de Encontro de Corais; no Concerto de Gala, dia 25 de julho, celebrando o aniversário da colonização; e no Concerto de Encerramento, com a peça 9ª Sinfonia de Beethoven. Ao todo, foram 24 atrações, 153 músicos e 218 cantores envolvidos nas oito noites de apresentação.

Mariana Werlang esteve presente no Concerto de Encerramento com expectativa “nas alturas”. Ela conta que a peça superou “com facilidade” o que ela esperava. “Nunca assisti a 9ª Sinfonia ao vivo, nem cantada com coral. Foram apenas vídeos de concertos de orquestras. Então, presenciar o que aconteceu ontem (domingo), no Teatro Feevale, me deixou em transe. É um sentimento difícil de superar, algo que realmente só a música consegue expressar”, relata.

A apresentação final teve a participação de mais de 110 cantores, com os corais da PUCRS, UFRGS e Madrigal Presto, além de 60 músicos da Orquestra Sinfônica do FeMusik. O momento ainda contou com os solistas Elisa Machado, Luciane Bottona, Flavio Leite e Daniel Germano. A reprodução foi histórica, sendo a primeira sinfonia a ter coro, vozes e solistas junto aos instrumentos.

A prefeita Fátima Daudt destacou que o evento marcou o bicentenário da imigração à altura da data histórica e que cultura sempre faz bem para a sociedade. O secretário municipal de Cultura, Ralfe Cardoso, citou que a pasta vem vem desenvolvendo uma série de iniciativas que colocam a cidade no eixo de muitas ações culturais do país inteiro, da América Latina e passa a ser referência internacional. E o Festival Internacional de Música é uma mostra definitiva disso. Ele também cita que a plateia lotando o teatro, que é o maior do Estado, é a mostra viva de que essa cidade escolheu o caminho e que a cultura é transformadora.

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