CAMPO BOM

Com mais de 5 mil ausências registradas nos últimos meses, Campo Bom retoma o programa Saúde sem Faltas 

Quando um paciente falta a uma consulta ou exame médico, sem avisar previamente, não há tempo de chamar outra pessoa da fila e o horário é perdido. Entre julho, agosto e setembro Campo Bom registrou 5.253 faltas no sistema público de saúde. Isso reflete de forma prejudicial nos cofres públicos, que já desembolsaram o valor do atendimento e no aumento das filas de espera. Pensando nisso, a Prefeitura retoma o programa Saúde sem Falta; uma frente de conscientização voltada para a comunidade. A realização é fruto da parceria entre a Secretaria de Saúde e o Gabinete da Primeira-dama Kátia Orsi.
Farmacêutica, Kátia notou no trabalho que esse não comparecimento também atrapalha os tratamentos, que acabam se interrompendo ou seguindo de forma errônea. “O objetivo de desenvolver a conscientização dos usuários e pacientes sobre a importância de comparecer às consultas e exames agendados, visto que o número de faltas é muito elevado. Constatamos que até mesmo nos mutirões de consultas e exames, realizado pela prefeitura, justamente visando reduzir a fila de espera pelos serviços e oferecendo especialidades que não tem normalmente disponíveis nas unidades, infelizmente as pessoas não comparecem. Essa consciência é uma questão de respeito com aquele que também aguarda os serviços, além de minimizar o tempo de espera. Avisando a ausência com certeza todos serão beneficiados”, destaca.
Ações 
Iniciado em 2019, o Saúde Sem Falta promove a conscientização diretamente com os usuários de todas as unidades de saúde. São distribuídos panfletos sobre o tema e há diálogo direto com a comunidade; além disso, a cada agendamento é feita a entrega de um lembrete do dia da consulta, com todos os contatos para remarcação com antecedência se for necessário.
 
Das mais de 5 mil faltas 1.247 são da UBS Paulista; Em todas as unidades: 1.996 são de clínico geral, 522 de atendimentos de enfermagem, 493 de psicólogo, 490 de dentista, 472 de psiquiatra, 311 de ginecologista, 287 de pediatra, 272 de nutricionista, 56 de fonoaudiólogo, 35 de assistência social e 329 de demais especialidades.
“Fazemos esforços significativos para garantir a marcação destes exames e consultas. Os diversos mutirões que já realizamos também exigem dedicação especial, promovemos tudo isso para contemplar a nossa população, para que não precisem ficar aguardando por muito tempo. Mas esses altos quantitativos de faltas acarretam no aumento da fila de espera, o que gera, novamente, a demora para outros pacientes. É tempo de serviço pago pelo Município e desperdiçado, o profissional fica lá parado porque o paciente não vai, porque, como não teve aviso prévio, não temos como fazer o remanejo”, explica o prefeito Luciano Orsi. Ele reforça: somente com o hábito de reagendar ou avisar que não comparecerá, é possível remanejar a consulta ou exame para outro usuário e evitar demoras desnecessárias.
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