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NOVO HAMBURGO

Deputado Issur Koch antecipa posicionamento sobre investimento do Estado em rodovias federais

A convite do vereador Gustavo Finck (PP), o deputado estadual Issur Koch subiu à tribuna da Câmara de Novo Hamburgo durante o início da sessão plenária desta segunda-feira (09/05). O parlamentar aproveitou o espaço para explicar como funcionará a votação do Projeto de Lei Estadual nº 51/2022, que consta na pauta da Assembleia. O texto, encaminhado pelo Piratini, autoriza a liberação de R$ 495,1 milhões em recursos do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para a execução de obras em rodovias federais.

O deputado revelou que era favorável ao projeto, mas repensou seu posicionamento após receber moção elaborada pelos vereadores de Novo Hamburgo. O documento, redigido por Enio Brizola (PT) e assinado pelos 14 parlamentares, pede o redirecionamento do montante para a realização de cirurgias eletivas, tratamentos oncológicos e exames de média e alta complexidade.

“A moção fez com que eu e outros deputados repensássemos nossos votos. Moveu votos que já estavam consolidados”, afirmou Issur. Conforme o deputado, algumas bancadas da Assembleia se mobilizaram para apresentar emenda ao projeto, garantindo o investimento dos recursos na área da saúde.

“Porém, temos um artifício chamado ‘requerimento de preferência’. Se esse requerimento for aprovado, caem todas as emendas. O meu comprometimento é que votaremos contra o requerimento de preferência, garantindo a possibilidade de discussão das emendas, e, tendo a condição, votando favorável a essa emenda. No entanto, se o requerimento for aprovado, a votação é: ou bota o dinheiro nas rodovias, ou deixa o governador fazer o que quiser”, detalhou Issur, temendo o retorno da verba para o caixa único do Estado e a perda dos investimentos tanto na saúde quanto em infraestrutura viária. “A rodovia é federal, mas o problema é nosso”, pontuou.

Brizola reiterou que em nenhum momento os vereadores desconsideraram a importância das obras de mobilidade para a região. “Não há desenvolvimento econômico sem infraestrutura, mas este é um momento de socorrer a vida. As milhares de pessoas que fazem o tratamento oncológico ou que aguardam há mais de dois anos por uma cirurgia têm que ser prioridade. A vida precisa ser priorizada. Acreditamos que esse recurso é do povo gaúcho, que deveria ser consultado sobre fazer essa doação, que não prevê nenhuma contrapartida federal”, enfatizou.

“Esta Casa considerou as questões de infraestrutura, mas entendemos que essas obras sejam de inteira responsabilidade da União. Há muito não vêm recursos significativos como os do Programa de Aceleração do Crescimento. Achamos urgentes e necessárias as obras na BR-116, mas o dinheiro do povo gaúcho não pode fazer parte, porque precisamos colocar em dia a saúde”, completou o vereador.

Oncologia

Ao final de sua fala, Issur aproveitou para informar o protocolo de requerimento de audiência pública junto à Comissão de Saúde da Assembleia para buscar soluções para o tratamento oncológico em Novo Hamburgo. “Fui movido pela ação dos senhores. Queremos ouvir Ministério da Saúde, Secretaria Estadual da Saúde e a Promotoria”, ressaltou.

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