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CULTURA

Espaço Cultural Albano Hartz reabre com exposição de Beatriz Ritzel

A Pinacoteca do Espaço Cultural Albano Hartz, localizada no Passeio Calçadão Osvaldo Cruz, 112, no Centro de Novo Hamburgo, recebe a exposição “Na Busca de Quem Sou – A Linha, o Desenho e a Poesia”, da artista hamburguense Beatriz Ritzel, de 2 de agosto a 10 de outubro. A mostra gratuita é um novo ponto de partida para a artista e para a Pinacoteca, que reabre após um ano e meio fechada, devido à pandemia da covid-19. A exposição fica aberta para a visitação de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 12h.

Após 15 anos afastada da arte – como que “exilada de si mesma” –, Beatriz divide com a comunidade seu trabalho e pesquisa incansáveis acerca da linha, da forma e dos versos. Entre linhas, tecidos, agulhas, nanquim e palavras, cria padrões únicos unindo bordado, desenho e poesia. Beatriz nasceu em 24 de junho de 1947, na cidade de Novo Hamburgo.

A artista

Após deixar o curso de Licenciatura em Desenho e Plástica, partiu para cursos livres de arte, centrados no Ateliê Livre Xico Stockinger, em Porto Alegre. Dentre seus professores, estavam Regina Silveira, Ana Isabel Lovato, Feres Khoury, Norberto Stori, Celina Cristina Verdum e Anete Abarno. No ano de 1998, trabalhou sob a orientação de Karin Lambrecht. Participou de diversas exposições coletivas, em que expôs pinturas, desenhos e papéis artesanais.

Depois deste período, seguiu-se o hiato de Beatriz. Para um artista, é o como se fosse um tempo não vivido, apenas dias fastidiosos que passaram. Era nos livros que seu pensamento buscava abrigo. Cerca de quase duas décadas se passaram desta forma. Beatriz vive hoje impetuosamente e produz num ritmo quase incessante de trabalho. Os padrões repetidos das suas produções, nas linguagens que se mesclam e linhas que se intercalam, mostram quão intenso pode ser o ato de criar.

Os padrões bordados têm origem no crochê de sua mãe e os escritos na troca com seu pai enquanto ele lia os jornais de domingo. Com vazadores de couro, cria pequenos círculos de papel com os quais completa suas composições. A sofisticação dos desenhos que cria é um argumento definitivo de que a emoção não está separada da razão. Neles refletem sua visão de criatividade, pensamento, liberdade e sanidade.

A artesania de seu trabalho remete a “um tempo vagaroso para exercitar a paciência. Fazer, desfazer e refazer dedicação”, como fala Beatriz. Esta é a inquietude de uma alma que procura conhecer e construir a si mesma. Alma esta que se libertou de suas próprias amarras e vê no saber e na arte uma maneira de nutrir-se. Dedicação de toda uma vida, ânsia criadora de seu tempo.
Mais Informações pelo telefone 3581-2652, ou pelo e-mail espacocultural@novohamburgo.rs.gov.br.

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