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NOVO HAMBURGO

Grupo antitabagismo da UBS Santo Afonso mantém agenda semanal

No Dia Nacional de Combate ao Fumo, reservado no Calendário da Saúde em 29 de agosto, vale a pena reforçar as ações de sensibilização, apoio e aconselhamento de um grupo formado por participantes determinados a largar o cigarro, mudar hábitos de vida e evitar futuras recaídas. Tratam-se dos inscritos no programa antitabagismo implementado na Unidade Básica de Saúde (UBS) Santo Afonso sob orientação da farmacêutica Daniela Pinhatti Flores.

Conforme a profissional, outros interessados em participar dos encontros devem procurar a unidade pública de atenção primária em saúde mais próxima de sua casa e solicitar o encaminhamento ao programa. “Otempo preconizado para o tratamento é de doze meses, e envolve as etapas de avaliação, intervenção e manutenção da abstinência”, observa Daniela.

O grupo antitabagismo da USB Santo Afonso tem se reunido nas tardes de quarta-feira na Base de Ações Comunitárias Integradas (BACI), situada no mesmo bairro e próxima à unidade do território. “Desde abril deste ano, estamos com o programa ativo, e o grupo se encaminha para a quarta semana de atividade”, acrescenta Daniela.

A farmacêutica explica que, no Sistema Único de Saúde (SUS), o método consiste no aconselhamento terapêutico estruturado e com abordagem intensiva, acompanhado pelo tratamento medicamentoso, quando necessário, o que inclui os adesivos transdérmicos de nicotina terapêutica.

Técnicas de auriculoterapia, conhecida como terapia aplicada a pontos na parte do ouvido externo, ajudam a tratar o vício e costumam ser utilizadas pela profissional ao final das reuniões. Daniela conta com o apoio técnico da farmacêutica residente da Universidade Feevale Anna Rita Ferreira, que trabalha com informações precisas ao identificar crenças sobre o tabagismo e destacar os benefícios de parar de fumar.

Programa implementado em todo o Brasil

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo é uma iniciativa instituída pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), uma organização federal que objetiva reduzir a prevalência de fumantes e a consequente mortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco no Brasil. São ações educativas, de comunicação e de atenção à saúde no intuito de promover a cessação do hábito de fumar, não apenas pelo dano individual, mas para proteger a população da exposição passiva e ambiental à fumaça do tabaco.

Atenção psicossocial faz parte do atendimento


Conforme o coordenador do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Santo Afonso, Germano Bota, o programa prevê a parceria entre a Saúde Mental e a Atenção Primária em Saúde. “A adesão ao projeto reflete a importância da integração entre os serviços e do trabalho em rede no atendimento aos usuários do SUS”, observa Bota, que tem acompanhado ações do grupo na BACI.

De acordo com o INCA, o tabagismo é, precisamente, “uma doença crônica causada pela dependência à nicotina presente nos produtos à base de tabaco”, apontado como um dos principais causadores de câncer e mortes precoces e evitáveis ao redor do planeta.

No entanto, é imprescindível compreender a questão sob esse olhar mais abrangente, pois o hábito traz impactos diretos à convivência familiar e social. O primeiro erro está em considerar o tabagista como uma pessoa “sem força de vontade”. Nada disso! Quem fuma, na verdade, está passando por uma pressão psicológica muito grande diante da dependência química. Portanto, para redução do estresse e combate à ansiedade, a troca de experiências em grupo de apoio tem se mostrado o método mais eficaz para os usuários do SUS que desejam se livrar do fardo de estar preso ao gesto repetitivo, viciante e de efeitos danosos de acender o cigarro.

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