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NOVO HAMBURGO

Livro e exposição Legado que Inspira é homenagem da Amvag ao Bicentenário

Publicação e painéis fotográficos foram lançados para a imprensa nesta sexta-feira, no Núcleo de Casas Enxaimel, em Ivoti

A Associação dos Municípios do Vale Germânico –Amvag, lançou nesta sexta-feira (19/07), o livro Bicentenário da Imigração: Legado que Inspira. Por meio da publicação de 200 páginas e totalmente traduzida para o alemão oficial, as 14 cidades da Amvag que integram a região-berço da colonização alemã no Brasil prestam seu reconhecimento aos imigrantes que desembarcaram em São Leopoldo em 25 de julho de 1824, transformando o futuro aqui.

As 321 imagens publicadas – maioria selecionadas por equipes das prefeituras – permitem observar que muito do legado germânico sobrevive e segue sendo passado de geração para geração, confirmando que o desenvolvimento conquistado é fruto do aprendizado dos que aqui chegaram há 200 anos. Além do livro, a homenagem conta com exposição fotográfica homônima formada por 14 imagens medindo 60x70cm extraídas do livro. Com tiragem de 2.100 exemplares, O Legado que Inspira será distribuído entre as prefeituras da Amvag, assim como a exposição: cada município receberá uma coleção completa que passará a integrar definitivamente seu acervo.

 

Perene

“Trata-se de uma data muito importante para o Vale Germânico, por isso optamos por um projeto perene para homenageá-la. Daqui a 40, 50 ou 100 anos este livro será prova material do nosso reconhecimento a este legado e também comparativo do desenvolvimento da nossa região”, destaca Flavio Foss, presidente da Amvag. “A expressão popular de que uma imagem vale mais que mil palavras resume o livro que é essencialmente de fotos e legendas, mas muita simbologia”, destaca Flávio. Definido no final de 2023 e executado a partir de janeiro, o projeto teve coordenação e edição da jornalista Sílvia Trovo, colaboradora da Amvag.

 

Cidades

Na publicação cada município está presente em sua respectiva seção onde, além de breve histórico da cidade, constam imagens selecionadas por suas equipes retratando a importância do legado. Há imagens de festas, gastronomia, folclore, espaços, pontos turísticos, igrejas, arquitetura, etc., tudo relacionado à imigração. Há fotos atuais e históricas. Um artigo de autoria dos respectivos prefeitos das 14 cidades, ressaltando a data e traduzido para o alemão, também consta do projeto. A ideia é que o artigo seja anexado ao livro quando presenteado.

 

Seções

Além das seções exclusivas de cada cidade, a publicação contempla três seções regionais: Da Terra à Indústria; Guiados pela Fé e Beleza Singular. “Nossa intenção foi mostrar que embora a agricultura tenha sido o início de tudo, 200 anos depois ela ainda é muito presente na região que valoriza também sua produção calçadista, uso da tecnologia e a educação”, descreve a editora. Já na seção Guiados pela Fé, optamos por publicar detalhes de imagens sacras, valorizando o imenso universo de igrejas, templos e espaços de contemplação que há no Vale Germânico”. A seção Beleza Singular destaca a natureza ímpar e também a arquitetura da região rica em cuidados e detalhes que atestam sua origem.

 

Fotos

Um dos desafios do livro foi a seleção das imagens. “Recebemos quase 800 fotos. Fazer essa seleção foi o momento mais difícil devido à riqueza do material enviado pelas equipes”, relata a editora. A fim de facilitar a comunicação com o projeto, cada prefeito indicou um interlocutor de sua cidade que ficou responsável por entregar os materiais e fazer cumprir os prazos do projeto. “Acredito que se juntarmos todas as pessoas envolvidas, inclusive internamente nas prefeituras, temos quase 300 mãos que trabalharam para tornar isto possível”.

A tradução do livro é da historiadora Solange Hamester Johann e o projeto gráfico, da publicitária Gabriela Michels. A foto de capa, retratando o Rio dos Sinos em São Leopoldo, praticamente no ponto de desembarque dos imigrantes há dois séculos, foi cedida pelo fotógrafo Thales Renato, da prefeitura de São Leopoldo. O livro possui selo FSC (Forest Stewardship Council), atestando que o processo produtivo utiliza insumos em conformidade com os critérios ambientais e sociais. A impressão ficou ao cargo da Gráfica Pallotti, de Santa Maria/RS. A Amvag estuda agora tornar a publicação acessível, transformando-o em áudio-livro.

 

Enchente

“Este ano tudo está acontecendo numa velocidade alucinante e, em meio a um projeto destes, a maior enchente da história do RS não poderia ser ignorada na publicação. Praticamente à véspera de ir para a gráfica foi necessário reformatar o projeto para dar espaço a este registro e lembrar que, assim como em 1824, com foice e enxada, os imigrantes conseguiram transformar a história, e hoje, dois séculos depois, também faremos isto”, enfatiza a coordenadora do projeto.

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