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CORONAVÍRUS

Novo Hamburgo cobra mais doses de Coronavac

A Secretaria Municipal de Saúde de Novo Hamburgo enfatiza que a quantidade de doses de vacina Coronavac enviadas pelo governo do Estado nesta quarta-feira (19/05), não será suficiente para zerar a fila pela segunda dose do imunizante na cidade. “Este não é um problema só de Novo Hamburgo, mas é um drama enfrentado por muitas cidades no Estado”, destaca Naasom Luciano, secretário municipal de Saúde de Novo Hamburgo e vice-presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (COSEMS/RS). Além do envio de menos doses por frasco, há ainda problema no público-alvo ter sido sempre superior ao estimado pelo Ministério da Saúde.

“O Ministério da Saúde e o governo do Estado precisam garantir doses suficientes para completar o esquema vacinal nos municípios”, enfatiza o secretário. Desde sexta-feira, Novo Hamburgo recebeu um total de 8.350 doses de Coronavac para um público estimado em 15 mil pessoas aguardando a segunda aplicação. “Só teremos o quantitativo exato de falta à medida que avançarmos nos públicos que aguardam a segunda dose”, explica Naasom, destacando variáveis como, por exemplo, moradores de Novo Hamburgo que têm casa na praia e, com comprovante de residência, podem receber a segunda dose no litoral.

O secretário lembra que a diferença nos números é resultado da quebra de até 20% nas doses enviadas pelo Instituto Butantan e principalmente em razão do público-alvo vacinado ter sido sempre superior ao estimado pelo Ministério da Saúde. “Estamos notificando a Secretaria Estadual de Saúde sobre esta diferença entre o público estimado e o público realmente vacinado. Entre os profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos, por exemplo, há uma diferença de 7,3 mil pessoas a mais em relação ao número estimado pelo Ministério da Saúde”, explica o secretário.

Quebra

Em relação à quebra no número de doses por frasco, Naasom lembra que Novo Hamburgo foi o primeiro município a notificar o Ministério da Saúde. Ou seja, frascos com dez doses estavam rendendo apenas oito ou nove a partir do momento em que a Anvisa autorizou o Butantan a reduzir a quantidade de imunizante por frasco, em março. “Na oportunidade, a alegação era evitar desperdício, mas isso resultou em quebra generalizada”, completa Naasom.

Para o secretário, esta é uma situação que o Ministério da Saúde e o governo do Estado precisam resolver. “Os municípios são os aplicadores de vacina. Ministério da Saúde e governo do Estado são quem definem as estratégias. Novo Hamburgo segue as orientações do Ministério da Saúde e do governo do Estado, inclusive quando determinaram que as doses de Coronavac não fossem guardadas, mas aplicadas, pois estavam garantindo a segunda dose. Agora estamos nesta angústia, com nossa população aguardando o imunizante”, enfatiza.

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