CORONAVÍRUS
Novo Hamburgo se previne para garantir segunda dose da Astrazeneca
Diante da falta de organização e constantes falhas no planejamento do Ministério da Saúde quanto à campanha nacional de vacinação contra a covid, a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, está determinando à Secretaria Municipal de Saúde para que não falte vacinas de segunda dose do imunizante Astrazeneca na cidade.
“Não podemos permitir que se repita em Novo Hamburgo o que está acontecendo com a Coronavac no País”, enfatizou a prefeita durante reunião com o secretário municipal de Saúde, Naasom Luciano, e o diretor de Administração da secretaria e coordenador da campanha de vacinação contra a covid na cidade, Marcelo Reidel, e o diretor de Saúde, Pierre Prunes, coordenador da campanha de vacinação contra a gripe.
“A falta de vacina da Coronavac nos deixa muito angustiados, especialmente quem já superou os 28 dias definidos para a segunda dose. No que depender de Novo Hamburgo, isso não acontecerá mais daqui por diante”, destacou Fátima. Por isso, a determinação é que a Prefeitura reserve doses da Astrazeneca suficientes para garantir a segunda aplicação para os próximos meses.
Naasom lembra que esta medida é fundamental neste momento de incertezas, mas isso também implica na redução do ritmo de vacinação na cidade. “Novo Hamburgo vinha sendo um dos municípios mais ágeis na vacinação contra a covid. Este ritmo será afetado porque vamos guardar doses para a segunda aplicação”, explicou.
Coronavac
Em março deste ano, o Ministério da Saúde determinou que Estados e municípios não guardassem doses da Coronavac, pois garantia o envio posterior de doses para a segunda aplicação. O que não aconteceu, deixando milhares de pessoas sem completar o esquema vacinal nos 28 dias recomendados pelo fabricante.
Novo Hamburgo tem 11,4 mil pessoas aguardando a segunda dose da Coronavac, já além dos 28 dias. Nesta segunda-feira, a cidade recebeu 1.520 doses da Coronavac. Estas doses estão aplicadas em quem está em atraso para receber a segunda dose (mais de 28 dias) e em pessoas que receberam a primeira dose em unidades de saúde.
Esta aplicação ocorre nas próprias unidades de saúde, que fazem o contato e o agendamento com as pessoas a serem vacinadas. Ou seja, a pessoa precisa aguardar o contato para se deslocar até a unidade de saúde. A preferência é por pessoas que tenham passado mais tempo dos 28 dias da primeira dose. A orientação é que as pessoas que receberam a primeira dose não desistam da segunda aplicação, mesmo que o tempo entres elas seja bem maior que os 28 dias.