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NOVO HAMBURGO

Novo sistema tarifário da Comusa prevê tarifas mais baixas para população de baixa renda

Novo formato inclui categorias sociais com critérios socioeconômicos para definir os usuários que receberão subsídios

 

A Comusa Serviços de Água e Esgoto de Novo Hamburgo realizou uma reestruturação de seu sistema tarifário. O objetivo foi corrigir distorções em uma tabela datada da década de 1990 e que nunca passou por alterações significativas. O novo formato busca tornar mais justo o tabelamento, especialmente no que diz respeito às tarifas que são subsidiadas pelos demais usuários, além de corrigir distorções geradas pela inflação e pelo aumento de custos básicos como o de energia elétrica.  

 

O reequilíbrio das tarifas foi aprovado pela Câmara de Vereadores em dezembro. O processo foi finalizado em função da necessidade da autarquia de fazer o enfrentamento da dívida histórica com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). A readequação do sistema ajuda a Comusa a realizar os pagamentos que começaram já no mês de janeiro, com depósitos judiciais mensais de R$ 2,3 milhões, que compõe parte da dívida de quase R$ 200 milhões e que tem sido deixada de herança desde a municipalização dos serviços em 1998.

 

A principal alteração se dá na composição das categorias tarifárias. Nos últimos 20 anos a população tem subsidiado com tarifas mais baixas as residências com até 60 metros quadrados. Nesse contexto, o critério para tarifas abaixo dos custos operacionais, e, portanto, custeadas pelos demais usuários, era apenas pelo tamanho da residência, não considerando nenhuma das questões sociais envolvidas, especialmente a renda familiar. Essa alteração corrigiu uma distorção histórica. Atualmente a Corsan tem menos de 2% de suas tarifas subsidiadas, enquanto na Comusa esse percentual chegava a 36,6%.

 

Com a nova tabela os subsídios se dão a partir de marcadores socioeconômicos. São beneficiadas famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CADÚNICO), cuja renda mensal familiar não ultrapasse R$ 170 por pessoa. Também seguem recebendo os subsídios imóveis financiados pelo Minha Casa Minha Vida na faixa 1, além de casas caracterizadas como sub-habitações.

 

CONDOMÍNIOS – Residenciais com uma única conta, que tiveram aumento significativo, terão atendimento diferenciado. A autarquia irá receber os síndicos para verificar quantas economias atendem aos critérios socioeconômicos. Com base nessas informações os condomínios receberão subsídios na fatura. O objetivo é diferenciar famílias com renda menor dentro de um mesmo residencial.

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