CAMPO BOM

Números do impacto causado pela maior chuva da história de Campo Bom

Decreto assinado pelo prefeito Luciano Orsi colocou município em situação de emergência e estado de calamidade pública por 180 dias desde sábado (17/06)

O volume de chuva registrado em Campo Bom entre quinta e sexta-feira (15 e 16/06), 209 milímetros, o maior desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a acompanhar o município, em 1984, deixou 96 desabrigados, 270 desalojados e afetou mais de 3 mil campo-bonenses. Os números foram levantados por trabalho coordenado pela Defesa Civil.

A chuva histórica fez com que a medição do nível do Rio dos Sinos marcasse alarmantes 6,31m já às 10h30 de sexta, mais de 4 metros acima da medição de quinta, 2,13m às 7h. O nível subiu mais 1,3 metros até domingo (18/06), quando o máximo foi registrado às 17h, 7,60m. Isso provocou a enchente do rio, fazendo com que a água alagasse ruas dos bairros Barrinha, Porto Blos, Vila Rica, Operária e 25 de Julho e invadisse 260 casas. Cerca de 3,2 mil pessoas foram afetadas, já que o número de residências com água no pátio chegou a 800.

O Ginásio Municipal foi preparado pela Prefeitura já na sexta para receber os desabrigados. O número de pessoas alojadas no local chegou a 55, espaço que foi tomado também pela solidariedade do povo campo-bonense. As doações totalizaram 8,7 mil kg de alimentos não-perecíveis, 3 mil litros de água mineral e mais de 15 mil peças de roupas, além de produtos de higiene pessoal e de limpeza. Tudo será destinado aos afetados pela enchente. Os demais desabrigados ficaram em uma igreja no Porto Blos.

Tudo isso levou o prefeito Luciano Orsi a declarar situação de emergência e estado de calamidade pública. O Decreto Municipal nº 7.436/2023, em vigor desde sábado (17), tem validade de 180 dias. O documento colocou todos os órgãos municipais à disposição da Defesa Civil para atuar em resposta à enchente e na já iniciada reconstrução dos locais afetados. “Isso se fez necessário por conta dos desalojados, desabrigados, para comunicar oficialmente que a situação não era normal, servindo como base para buscar recursos e ajuda humanitária para as famílias afetadas”, destacou o prefeito.

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