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EDUCAÇÃO

Projeto Libras faz a diferença na rotina da comunidade escolar

Quando se trata de inclusão e integração social, a surdez é cada vez menos barreira, pelo menos na Rede Municipal de Ensino de Novo Hamburgo. O Projeto Libras vem fazendo a diferença na rotina da comunidade escolar e das famílias que têm estudantes surdos. Implementada em 2019, a iniciativa tem como proposta ensinar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todas as escolas que possuem estudantes com deficiência auditiva.

Coordenado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP), espaço pedagógico da Secretaria de Educação (SMED), o projeto é desenvolvido a partir de oficinas semanais que acontecem nas escolas participantes. Professores e apoiadores dos estudantes aprendem junto com a turma. “Foi possível perceber uma maior preocupação por parte dos professores em conseguir se comunicar com o estudante, aprender Libras e adaptar materiais para serem trabalhados na sala de aula. Os colegas ouvintes passam a compreender a forma do colega surdo se comunicar e procuram brincar e socializar mais com eles”, considera a coordenadora do NAP, Flaviane Scheffel.

 

Grupo de Estudos

Além desta assessoria na escola, em maio deste ano se constituiu o Grupo de Estudos na Área da Surdez e Oficinas de Libras (Geasol). Formado por professores, apoiadores à inclusão e duas mães que se reúnem uma vez por semana, o grupo promove conversas e estudos sobre a comunicação da criança surda e o aprendizado da Libras. Já na SMED, o setor de Inclusão e Psicossocial também atua na assessoria e formação permanente dos apoiadores e professores das Salas de Recursos Multifuncionais. As famílias também são convidadas a participarem das oficinas denominadas Rodas de Conversa, que reafirmam a integração com o projeto dentro das escolas e na vida em família.

 

Autoestima e quebra de barreiras

A autoestima do estudante surdo é transformada a partir do momento em que ele se dá conta de que pode se comunicar com outras pessoas, surdas ou não. Além da troca com os professores, ele também desenvolve autonomia fora do ambiente escolar, o que transforma sua rotina em casa junto aos familiares que também aprendem Libras.

Este é o contexto de hoje na casa de Daniel da Silva, estudante do oitavo ano da Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Presidente Getúlio Vargas, no bairro Rincão. A mãe do jovem, Karine Haidrich da Silva, 42 anos, comemora a possibilidade de ela e a outra filha, aprenderem Libras por meio do projeto desenvolvido pelo NAP.

Atualmente, as oficinas acontecem de forma presencial, mas iniciaram no formato online, ainda durante a pandemia. “Foi um momento muito proveitoso em que profissionais do NAP e familiares participaram por meio de jogos e também com espaço de escuta de nossas demandas como familiares de crianças surdas. Sempre foram encontros ótimos, com muito aprendizado, o que gerou amizade entre todos”, afirma a dona de casa.

O Projeto de Libras também tem feito a diferença na família da dona de casa Letiane Maciel Pereira, 22. O filho Breno, de 5 anos, é estudante da EMEB Elvira Brandi Grin, do bairro Rondônia. “É uma forma de quebra nas barreiras da comunicação que facilita a integração social para um surdo. Ainda estou começando a aprender Libras, mas creio que vai fazer toda a diferença para me comunicar com meu filho e com outras pessoas surdas”, explica.

 

 

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