NOVO HAMBURGO

Protesto contra médico investigado pela morte de 42 pacientes é realizado em frente ao Fórum de Novo Hamburgo

Um protesto ocorre nesta sexta-feira (27/10) em frente ao Fórum de Novo Hamburgo, contra o médico João Batista do Couto Neto, investigado pela morte de 42 pacientes e pelo menos 141 lesões graves. Pessoas que se identificam como vítimas e familiares de vítimas dos procedimentos do médico reivindicam justiça.

A medida cautelar que proibia o cirurgião João Batista do Couto Neto de fazer operações teve prazo encerrado neste último sábado (21/10). Conforme o advogado Brunno de Lia Pires, que representa Neto, embora não haja impedimentos, no momento o médico não pretende voltar a realizar cirurgias. Pires também informa que a defesa está aguardando o desenrolar da situação.

 

O caso

Couto é suspeito de ter causado a morte de 42 pacientes devido a procedimentos cirúrgicos e provocado lesões em outros 141. Grande parte dos casos ocorreram em Novo Hamburgo e região. Pacientes e pessoas que trabalharam com ele relataram excesso de cirurgias por dia, procedimentos desnecessários e até diagnóstico de câncer raro falso.

Ele foi alvo de uma operação policial em dezembro do ano passado, ocasião em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Hospital Regina, onde atuava, bem como no apartamento em que vivia em Novo Hamburgo. Na época, havia suspeita de envolvimento dele na morte de cinco pacientes e por ter causado sequelas em outros nove. Documentos, celulares e equipamentos de informática foram apreendidos.

Em fevereiro deste ano, João Couto se registrou no Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Na ocasião, o Cremesp confirmou estar ciente de que o médico enfrentava uma suspensão em sua licença, mas que “é obrigado a efetuar o registro do médico” por se tratar de uma restrição parcial.

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