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CAMPO BOM

Qualidade da água do Rio dos Sinos melhora significativamente no mês de abril

A qualidade da água do Rio dos Sinos apresentou melhora significativa no mês de abril. É o que mostram os dados do Programa de Monitoramento Espacial, realizado pelo Consórcio Pró-Sinos, que avalia mensalmente nove parâmetros de qualidade da água em 24 pontos representativos da Bacia do Rio dos Sinos. De acordo com o levantamento, todos os pontos apresentaram elevação nos valores do Índice  da  Qualidade  da  Água (IQA) há vários meses não registrada.

“Ainda é perceptível a variação negativa da qualidade da água ao passar pelos centros urbanos da Porção 2 do mapa, mas não se encontram mais valores tão ruins como os da última campanha de medição, em março”, destaca o diretor-técnico do Pró-Sinos, Hener de Souza Nunes Júnior.

Os melhores resultados foram localizados na primeira porção, nos pontos mais próximos às nascentes do Rio dos Sinos e seus afluentes. Os destaques positivos são os pontos P1, P3, P6, P11 e P12, situados em regiões de pequenos núcleos urbanos, pouco adensados. Em todos os pontos da Porção 1, o IQA foi classificado como regular ou bom.

Na segunda porção, também se verificou o aumento do valor do IQA em todos os pontos, mesmo naqueles que tradicionalmente apresentam valores baixos. “Inclusive o novo ponto de monitoramento instalado, o P25, apresentou qualidade compatível com os pontos da primeira porção, demonstrando que o rio se regenera parcialmente no trecho entre Taquara e Campo Bom, onde ocorre um baixo adensamento urbano”, acrescenta Hener.

De acordo com o diretor-técnico, a alteração significativa do clima, com o fim do período de estiagem e o retorno das chuvas, pode ser apontada como a responsável por essa melhora da qualidade da água. “O mês de abril teve mais precipitação. A maior vazão dos cursos principais provocou uma diluição dos esgotos que são lançados sem tratamento pelas redes de drenagem urbana. Embora a gravidade do quadro de contaminação das águas tenha diminuído, ela permanece presente”, finaliza.

O monitoramento

O Pró-Sinos monitora nove parâmetros de qualidade da água (Coliformes Termotolerantes, pH, Nitrogênio,  Fósforo,  Oxigênio  Dissolvido,  Demanda  Bioquímica  de  Oxigênio,  Temperatura,  Turbidez  e Sólidos  Totais) em 24 pontos representativos da Bacia do Rio dos Sinos. A partir desses parâmetros  é  calculado  o  Índice  da  Qualidade  da  Água  (IQA),  um  número  que  permite  uma avaliação genérica, mas significativa, das condições da água no local.

O IQA é avaliado em uma escala que varia de zero a cem, sendo os valores mais baixos indicativos de uma qualidade muito ruim e valores mais altos, indicativos de boa qualidade. A equipe técnica do Pró-Sinos acompanha esses dados mensalmente.  São informações relevantes, que podem servir de alerta e apoiar tomadas de decisão e ações. Para acessar a plataforma e obter o relatório completo, acesse fortalezatec.com.br/prosinos.

Novos pontos de monitoramento

O exame dos valores obtidos para o IQA nos diversos pontos monitorados permite segmentar a bacia em duas porções: áreas com baixo adensamento populacional, mais próximas das nascentes do Rio dos Sinos e de seus afluentes, e áreas com alto adensamento populacional, mais próximas da foz.  Na primeira porção reunimos os pontos de P1 a P12; na segunda, os pontos de P13 a P25.

É na segunda porção da bacia que se percebem claramente os efeitos do lançamento de efluentes não tratados. Os lançamentos de esgoto ocorridos nas áreas urbanas da primeira porção somam-se aos esgotos das áreas altamente adensadas para onde o Rio dos Sinos escoa. A qualidade da água nesta segunda porção torna-se muito baixa.

Em abril, o Pró-Sinos acrescentou um novo ponto de monitoramento, o P25, no limite entre os municípios de Sapiranga e Campo Bom, junto a uma olaria na Estrada Pio XII. Com isso, há uma leitura intermediária em um longo trecho que antes não era monitorado, entre Campo Bom e Taquara.

Já o município de Esteio passará a monitorar o ponto P22 – ponte da BR 448 sobre o Arroio de Sapucaia e outros nove pontos nos arroios Sapucaia e Esteio. Com isso, se avança no cumprimento de um dos objetivos do Programa de Monitoramento Espacial: engajar os municípios para que controlem a qualidade das águas dos arroios no seu território.

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