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CAMPO BOM

Relatório final da CPI do Hospital Lauro Reus aponta negligência da empresa responsável pelo oxigênio

Foram finalizados na tarde desta terça-feira (22/06), os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores de Campo Bom, que apurou os fatos ocorridos no Hospital Lauro Réus em 19 de março. Em sessão extraordinária, por unanimidade, os vereadores aprovaram o relatório final da CPI, que aponta diversas falhas e situações que teriam contribuído para o ocorrido na casa de saúde. Segundo o texto, a “… comissão chegou à conclusão que o fato que deu causa a tragédia ocorrida foi a falta de abastecimento do oxigênio liquido, por parte da empresa Air Liquide, que apresentou ineficácia quanto a leitura e operação do sistema de telemetria, que conforme seus próprios relatórios, possui plena eficiência, e que se acompanhada, teria condições de programar com segurança as recargas necessárias….”.

Ainda segundo o relatório, “…a empresa de manutenção DPG, contratada pela Associação Beneficente São Miguel, também apresentou falhas, pois deveria ter sido mais incisiva junto a Air Liquide, no dia anterior, exigindo o reabastecimento imediato, devido ao estado crítico em que se encontravam. Também falhou ao não permanecer no Hospital e não estar nas dependências no dia seguinte, pois tinha ciência do baixo nível de oxigênio disponível no tanque…”.

O presidente da CPI, Jerri Moraes (MDB), avaliou a conclusão dos trabalhos. “Assim que a comissão foi constituída, montamos um plano de trabalho com o intuito de organizar as ações e sermos objetivos na investigação para não perdermos o foco do fato que originou os trabalhos”, pontuou. “Convidamos todos os vereadores para fazerem parte, para ser totalmente imparcial, sem foco político e realmente entender o que ocorreu naquela manhã”, acrescentou Moraes.

O presidente da Câmara de Vereadores, Alexandre Hoffmeister (PP), também enfatizou o trabalho realizado pela comissão de inquérito. “Valorizo o trabalho de todos, porque conseguimos identificar o que aconteceu. Houve negligência”, resumiu o parlamentar.

Agora, com a aprovação por unanimidade, a íntegra do relatório, com mais 1845 páginas, será encaminhado para o Ministério Público, para a Polícia Civil e também ao Poder Executivo.

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