NOVO HAMBURGO
Roda de conversa discute história do comércio hamburguense
A um dia de Novo Hamburgo completar 97 anos de emancipação, o Museu Comunitário Schmitt-Presser e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Novo Hamburgo (CDL-NH) promoveram uma roda de conversa denominada “Nosso passado, nosso futuro”.
O presidente da entidade, Leonardo Lessa, afirmou que é gratificante juntar comércio com cultura e agradeceu a presença de todos. “É um momento de trocar ideias, saber mais de Novo Hamburgo, eu amo o município, por esse motivo me dou voluntariamente a várias causas”, relatou.
Como originou o comércio hamburguense
Já o curador da Casa Schmitt-Presser e da Fundação Scheffel, Angelo Reinheimer, contou que a Casa Schmitt-Presser foi o primeiro comércio na cidade, portanto foi nesse local que nasceu o comércio hamburguense. “Podemos nos dar o luxo de ainda ter este espaço. Tudo se concentrava aqui, pois não existia sistema bancário e todas as notícias e política se passava por aqui também”, frisou. Ele ainda disse que Johann Peter Schmitt, foi a chave para a regularização do comércio naquela época, visto que Schmitt solicitou uma carta de comercialização em 1850, mas recebeu apenas em 1860. Esta carta pode ser considerada como a certidão de nascimento do comércio. Ela existe até hoje e estava exposta no evento. “Schmitt foi muito próspero em todos os sentidos. Deixou 87:000$000 (oitenta e sete contos de réis) de herança. A casa ficou para a família Schmitt até 1970. Depois foi comprada por uma empresa e assim por diante. Em 1985 a casa foi tombada como patrimônio histórico no Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional”, finalizou.
Estrutura da Casa
O diretor de Cultura da CDL-NH, Rodrigo Duarte, disse que a Casa foi construída na técnica enxaimel, que é uma técnica medieval. “Se a gente prestar atenção nos detalhes, é possível notar. As madeiras são simplesmente encaixáveis, não existe parafuso e nem prego”, detalhou.
Curiosidades da imigração alemã
Convidado especial, o vereador e escritor, Felipe Kuhn Braun, informou que a imigração alemã iniciou em 25 de julho de 1824, neste ano completará 200 anos. “A estatura desses alemães era cerca de 1,48. A alimentação na Europa era muito ruim, por isso tinha baixa expectativa de vida e alta taxa de mortalidade infantil. Por isso saíram da sua pátria, ninguém sai da sua pátria se está em boas condições. Novo Hamburgo se tornou emancipada com 8.500 habitantes”, explicou.
Olhar para o futuro
“Nesse processo de olhar para o futuro, é necessário olhar ao passado para entendermos como tudo começou. Estamos trabalhando para que o turismo seja poder da economia cada vez maior. Seguiremos acolhendo os imigrantes e pessoas de todo o País que vem pra cá”, destacou o diretor de Turismo de Novo Hamburgo, Deivid Schu. A procuradora geral do município, Cinara Avila, complementou dizendo que há três tendências de futuro e que foram apresentadas na National Retail Federation (NRF), a maior feira de varejo do mundo, as quais são: focar em dados e inteligência artificial, juntar serviços e foco na experiência do cliente.