NOVO HAMBURGO

Servidores do Judiciário seguem em greve e têm assembleia marcada para esta sexta-feira

Os servidores do Judiciário gaúcho seguem em greve, mantendo a mobilização que se estende por trinta e oito dias. No Foro de Novo Hamburgo, o índice de paralisação chega a 60% do quadro de servidores – mantidos os 30% de servidores ativos, de acordo com a legislação, em atividades que requerem urgência, conforme estimativa da coordenadora do movimento na comarca local, Janete Fabíola Togni. Uma assembleia geral está marcada para esta sexta-feira (1°), em Porto Alegre, quando a categoria, em nível estadual, decidirá os rumos da paralisação.

Segundo Janete, que integra a direção do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (SindjusRS) e é representante dos servidores na comarca local, a categoria vai ao encontro desta sexta-feira mobilizada pela conquista obtida nesta semana, quando, na Assembleia Legislativa, os deputados gaúchos reprovaram o PL 93/17, que, entre outras propostas, cria o cargo de técnico judiciário e extingue outras funções do quadro de servidores. “Essa foi uma grande vitória conquistada esta semana, já que, pela proposta, seria criado o cargo de técnico judiciário, com prerrogativa de ascensão de carreira, enquanto os outros servidores já na ativa ficariam como estão”, comenta.

A pauta de reivindicações dos servidores é extensa, incluindo a equiparação do valor do auxílio-alimentação com o dos juízes estaduais. “Atualmente, recebemos metade do valor do auxílio-alimentação dos juízes. O RS é único Estado brasileiro onde isso ocorre”, reclama a líder sindical. Além disso, os servidores pedem a majoração da Unidade de Referência de Custas (URC), índice aplicado no pagamento das conduções dos oficiais de justiça. “Aqui em Novo Hamburgo, o valor pago é de uma URC e, em Lomba Grande, de 1,5 URC”, explica.

A categoria, conforme Janete, está sem reposição salarial há pelo menos cinco anos.

> Cerca de 60% dos servidores paralisaram as atividades no Foro de Novo Hamburgo

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