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NOVO HAMBURGO

Workshop debate a gestão do conhecimento na Segurança Pública

A importância da gestão do conhecimento na Segurança Pública pautou o encontro promovido pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo (PMNH) e pela KPMG Consultoria nesta quinta-feira, 11 de abril. Realizado na Casa das Artes, o workshop “Observatório de Segurança Pública” abordou temas ligados ao setor com foco na esfera municipal, dando ênfase à implantação destas estruturas como ferramenta de soluções em resposta ao avanço da violência e da criminalidade.

O evento contou a presença de autoridades como o vice-governador e secretário da Segurança Pública do RS, delegado Ranolfo Vieira Junior e o diretor de Gestão e Integração de Dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), Wellington Silva. Também palestraram o coordenador do projeto fortalecimento do Observatório de Segurança de Novo Hamburgo desenvolvido pela KPMG, Kleber Senisse, e o secretário de Segurança e Cidadania de Canoas, Major Alberto Rocha.

A abertura dos trabalhos foi feita pela prefeita Fátima Daudt, que destacou a necessidade de mudar a atual realidade na segurança. “As famílias não podem mais conviver com episódios de extrema violência. Neste contexto, trabalhar ações de repressão e prevenção com base na análise de dados e em métodos científicos é a melhor alternativa. Estamos investindo para tornar o município referência estadual”, afirmou.

O secretário de Segurança de Novo Hamburgo, general Roberto Jungthon, ressaltou os 10 mil atendimentos a crianças e adolescentes já realizados através do PDMI e do acompanhamento que é realizado em paralelo. “Atuamos para garantir um futuro diferente às próximas gerações. O jovem que poderia ser cooptado pelo mundo do crime, em NH, recebe a oferta de atividades que têm como intuito a sua inserção social e a capacitação profissional. Este trabalho permitirá, também, a realização de um mapeamento das vulnerabilidades e necessidades desse público”, assegurou.

Segurança com base em evidências e métodos científicos

Os Observatórios de Segurança Pública (OSPs) documentam, acompanham e avaliam políticas de segurança pública. As informações sobre criminalidade, polícia, administração da justiça criminal e iniciativas locais de segurança, uma vez trabalhadas com base em métodos científicos, se tornam de domínio público – com exceção daquelas consideradas reservadas ou sigilosas. “As leituras proporcionadas são fundamentais para a tomada de decisão. É o trabalho desses organismos que define uma potencial mudança de curso ou o fortalecimento de uma iniciativa”, apontou Ranolfo Vieira Júnior.

Os OSPs também disponibilizam referências bibliográficas e estabelecem links com instituições públicas e privadas, centros de estudos, universidades e grupos de pesquisa que se dedicam às questões relacionadas à segurança pública, construindo espaços para troca de informações. Sua implementação tem sido intensificada na medida em que, cada vez mais, o conceito de Gabinete de Gestão Integrada (GGI) se consolida como uma metodologia bem-sucedida de conjunção de esforços, sendo adotado nas mais diversas esferas do poder público. Os OSPs subsidiam os GGIs, dando sustentação técnica para as deliberações a serem realizadas.

Ao apresentar as soluções tecnológicas gratuitas ofertadas pelo governo federal dentro do escopo do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), Wellington Silva frisou a importância da utilização de big data e inteligência artificial. “Trata-se de uma convergência de soluções de TI. No entanto, não há como investir em tecnologia sem que hajam pessoas capacitadas e processos metodológicos estruturados. É neste ponto que os observatórios representam um diferencial”, observou.

Vice-governador apresenta o RS Seguro

Em sua palestra, Ranolfo Vieira Júnior apresentou à comunidade hamburguense o RS Seguro, programa estruturante do Governo do Estado voltado ao combate a violência e à criminalidade. Criado por decreto, o programa possui foco em áreas com indicadores de maior criminalidade e vulnerabilidade socioeconômica. Ele está dividido em quatro eixos: combate ao crime, políticas sociais preventivas e transversais, serviços de segurança e sistema prisional. Cada eixo possui metas e ações práticas de curto, médio e longo prazo.

O RS Seguro é considerado pelo governo estadual o ponto de partida para o desenvolvimento do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social, que potencializará o alinhamento com as políticas públicas nacionais e o acesso a recursos do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP). O plano, cuja conclusão está prevista para o mês de novembro, terá validade de 10 anos e será avaliado anualmente.

O vice-governador salientou, também, a relevância estratégica do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (Piseg/RS) dentro do planejamento elaborado pelo Estado. A iniciativa possibilita a empresários destinar até 5% do saldo devedor de ICMS para ser aplicado no setor. “Estamos lutando para vencer os obstáculos burocráticos e estabelecer um novo momento, pautado pela atuação conjunta entre o poder público e a iniciativa privada. Iremos avançar apostando em integração, inteligência e investimento qualificado”, disse.

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